sábado, 16 de junho de 2007

hábitos

Aconteceu há umas semanas atrás quando eu, pra variar, fiquei atrasada para a aula daquela professora que faz chamada impreterivelmente às 07h35min. Não tive escolha, acordei meu pai e soltei: “to atrasada. Preciso de carona?” Pra não correr o risco de ouvir que sou uma irresponsável inútil, corri e terminei de ajeitar na bolsa aquela papelada que, é claro, só seria necessária o dia que fosse deixada para trás.
Aí veio o homem, até de bom humor, me apressando para que eu não ficasse mais atrasada. Entramos no carro, que ele dirigiu daquele jeito... “Filho disso, filho daquilo, ta correndo pra tirar a mãe daquele lugar?” Quando os filhos disso e daquilo sumiram e a paz voltou ao carro, eis que surge uma igreja. Uma grande igreja no estilo gótico, daquelas que estão lá no nosso caminho desde sempre, mas a gente nunca presta atenção. Como bom católico (desses que foram a igreja apenas para se casar, mas foram), meu pai levou a mão direta em direção à cabeça e começou e começou a fazer o ritual do em nome do pai, em nome de não sei quem mais, e aí vai. De repente, eis que surge um daqueles filhos... hum... (desculpa, não estou bem certa se esse era filho disso ou filho daquilo... ah, acho que não faz diferença) e joga o carro pra cima do nosso! Segurando o volante apenas com a mão esquerda, meu pai tirou o carro da reta do ‘outro’ louco, e ainda fazendo o ritual do em-nome-de-não-sei-quem soltou um carregado “filho-da-puta!”.
Acho que o problema são os hábitos, uns sagrados, outros profanos... A gente acaba misturando tudo...(Ah, não! Eu não ri na hora... sabe como é, pra que deixar o sujeito sem graça?)

2 comentários:

Ane Caroline Faria disse...

hahahaha/

adorei!!!!

beijinhos

Anônimo disse...

Manda seu pai lavar a boca com sabão... (das cinzas de Cristo!)
rsrsr Já que é pra profanar, vamos que vamos, e com gosto! rsrsr Bjão Marilda!